“Nasci e cresci em uma chácara em São Simão, e devido ao forte contato com a natureza, escolhi a Biologia como profissão. Na faculdade (USP- RP), tive a oportunidade de participar durante dois anos como professor voluntário do PEIC (Projeto de Ensino Interdisciplinar Comunitário), uma experiência transformadora na minha ideia de educação. Tenho uma grande admiração pelos povos camponeses e povos da floresta, especialmente os indígenas, por viverem em harmonia com a natureza. Ainda na faculdade, escolhi trabalhar com Etnobotânica, pois queria estudar o conhecimento ancestral sobre as plantas. Assim, desde 2011 tenho vivido intensamente com os agricultores do Assentamento Agroecológico Sepé Tiarajú. No Sepé conheci e me encantei pela Agrofloresta, e pouco tempo depois conheci a fazenda São Luiz, onde aprendi e continuo aprendendo muito sobre esta forma de produzir alimentos imitando a natureza. Apesar de ter ainda muito o que aprender, me considero um agrofloresteiro, e hoje, plantar se tornou uma atividade diária em minha vida. Desde 2011 trabalho na fazenda São Luiz como monitor do Arte na Terra, um projeto belíssimo de educação ambiental que desperta o amor pela Mãe Terra em todos que participam.
“Queremos que a floresta permaneça silenciosa, que o céu continue claro, que a escuridão da noite caia realmente e que se possam ver as estrelas.” (Davi Yanomami ; pajé e líder do povo Yanomami).”